quarta-feira, 12 de junho de 2013

Viver Mais e Melhor por Daniel Habermann

Viver Mais e Melhor 

As recentes pesquisas indicam uma grande preocupação da população com a longevidade por conta do aumento da expectativa de vida.            Porém, a maior longevidade necessita de melhor qualidade sendo fundamental quando se trata de “viver mais e melhor ”. E, ainda, este conceito está relacionado em grande parte com nossos hábitos ao longo do tempo.
            Sabe-se, através de estudos atuais, que em torno de no máximo 25% das causas de doenças degenerativas cardiovasculares e também câncer dependem de nossos genes, isto é, está ligado ao que herdamos de nossos pais e familiares ascendentes. Os demais 75% de nossas chances de viver bem estão associados, como dito anteriormente, à  maneira como vivemos.
            O tabagismo, o consumo excessivo de álcool e sal, a sobrecarga de exposição à agentes ambientais lesivos ao organismo, alimentação inadequada e irregularidade da atividade física são justamente os hábitos que associados ao ambiente que vivemos podem constituir riscos à saúde.
Estes riscos devem ser avaliados regularmente, já que muitos são cumulativos e, portanto, aumentam com a idade e podem levar a doenças degenerativas como Hipertensão, Diabetes, alterações músculo-articulares além de outras conseqüências como o infarto cardíaco e o acidente vascular encefálico (derrame).
Para melhor compreendermos as os fatores relacionados às doenças acima é interessante fazermos um pequeno resumo de nossa história moderna:
Enquanto pouca coisa mudou em relação aos meios de produção de alimentos e energia para locomoção até a metade do século XIX, o avanço tecnológico ocorrido desde a época da Revolução Industrial até os dias de hoje transformou uma sociedade rural, braçal, fisicamente ativa em uma sociedade confortavemente sedentária, com pouca ou nenhuma oportunidade para desenvolver a atividade física espontânea ou de sobrevivência.
            Neste sentido um crescente número de estudos evidencia que essa pouca atividade física pertinente ao estilo de vida moderno é uma séria ameaça à celebrada longividade por conta da falta de qualidade nos aspectos funcionais, sociais, profissionais e emocionais.
É imperativo, portanto, lidar com o indivíduo e o ambiente como um todo, promovendo a melhora das aptidões físicas, mentais e também do local onde vive direcionando habilidades para realização de atividades cotidianas. Infelizmente essas aquisições não são cumulativas e precisam de manutenção através de regularidade de estímulos cárdiorrespiratórios, neuromusculares. Sendo assim, avalie seu espaço e modo de vida, reduza barreiras que o imobilizam e agite-se, enquanto é tempo !


Daniel Habermann ·         Médico, formado pela Faculdade de Medicina de Botucatu
·         Especializado em Medicina do Esporte pela Universidade Federal de S. Paulo – CEMAFE - UNIFESP
·         Especializado em Fisiologia do Exercício pela Universidade Federal de S. Paulo – CEMAFE - UNIFESP
·         Membro da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte
·         Membro da Sociedade Cardiologia de São Paulo
·         Membro da Diretoria da Associação Botucatuense de Apoio ao Hipertenso
·        
Médico da Clinica de Medicina do Esporte – Personal Med - em Botucatu – SP

3 comentários:

  1. Parabéns Daniel pelo artigo. Sempre é bom lembrar que nossa fisiologia e metabolismo não mudaram em relação aos nosso antepassados da época do Paleolítico. Tempo muito distante de nós mas que se mantém no nosso funcionamento e nutrição. Na época o homem era ativo, e muito, e tinha uma alimentação muito diferente da de hoje. Nosso corpo e mente PRECISAM de exercícios e movimentos.

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  2. otimas informacoes . sigo essa linha de pensamento Daniel. abracos prof. Evandro

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