OPÇÕES DE
PROTEINAS VEGETAIS PARA ATLETAS VEGETARIANOS E VEGANOS
por Manuela Ibi,
Nutricionista, Fitoterapeuta & Acupunturista
De quanta
proteína precisamos? Um estudo publicado em 2014 testou uma dieta com a IDR (Ingestão
Diária Recomendada) de 0,8g/Kg por dia de proteína em relação a outra com
1,5g/Kg por dia e os resultados mostraram que a distribuição de proteínas
através das refeições não teve um impacto significativo, mas a quantidade total
consumida teve. Quando falamos em atletas e praticantes de atividade física
devemos ter em mente que a necessidade proteica é maior. E, se não for possível
atingir esta quantidade com os alimentos, podemos contar hoje com algumas
opções de suplementos de proteínas vegetais, além dos já conhecidos Whey
protein - que só atenderia aos ovolactovegetarianos - e a Proteína Isolada do
Arroz.
Ao se falar em suplementos proteicos, devemos considerar o valor
biológico da proteina. Valor biológico é uma escala de medição usada para
determinar a quantidade de proteina de um alimento que é aproveitada pelo
corpo. Está diretamente relacionado
com a quantidade e o perfil de aminoácidos essenciais presentes no alimento.
Por exemplo, o valor biológico do ovo é 100, que mostra que o corpo aproveita
quase todos os aminoácidos presentes neste alimento. É, sem dúvida, uma
excelente fonte de proteína. Já a aveia tem um valor biológico de 58,
mostrando que poucos
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aminoácidos são aproveitados para os processos do
corpo. Outra medida de qualidade proteica usada pela Organização Mundial da
Saúde considera a composição de aminoácidos pela digestibilidade. Este índice
chama-se PDCAAS e varia de 0 a 1, onde são consideradas completas e de boa
digestibilidade as proteínas que apresentam PDCAAS maior ou igual a 0,8.
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PROTEÍNA DA ERVILHA
A ervilha é um dos alimentos
mais antigos da Europa. É uma fonte de proteína rica em aminoácidos
essenciais, quando extraída sem a utilização de solventes químicos, mantém os
valores nutricionais elevados e excelentes propriedades funcionais. De fácil
digestão e absorção, livre de glúten e lactose, a proteína da ervilha é muito
bem tolerada pela maioria das pessoas.
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O seu perfil de
aminoácidos é muito próximo ao ideal recomendado pela FAO (Food and Agriculture Organization) e WHO (World Health Organization) Contém mais glutamina do que a proteína
do ovo ou whey, e arginina – essencial para a síntese de óxido nítrico, que
promove a função endotelial saudável e a dilatação e relaxamento dos vasos
sanguíneos. Um estudo publicado em janeiro de 2015 comparou a suplementação de
proteína da ervilha e de whey protein no ganho e espessura muscular durante treinamento
de força. Os
resultados mostraram que, além de uma formação muscular adequada, a
suplementação com proteína da ervilha promoveu maior aumento da espessura do
músculo, em comparação ao placebo, especialmente para aqueles que estavam
começando ou retornando a um treino de fortalecimento muscular. Nenhuma
diferença foi observada entre os 2 grupos de proteínas, mostrando que a
proteína da ervilha pode ser uma opção à proteína do soro do leite. Além
disso, a ervilha apresenta baixa quantidade de gordura (em média 6%) com bom
perfil de
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As
melhores opções de proteína da ervilha que o mercado oferece são as formas
isoladas, que possuem elevado conteúdo proteico, aproximadamente 85%.
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ácidos graxos (a
maioria poliinsaturados), excelente valor nutricional e baixo poder alergênico.
A taxa de aproveitamento fisiológico da proteína da ervilha foi testada através
da retenção de nitrogênio exógeno. Os resultados mostram 90% de absorção,
demonstrando boa digestibilidade e aproveitamento, muito próxima da quantidade
de proteína ingerida. A proteína isolada da ervilha pode ser considerada uma
boa opção de suplemento proteico para atletas vegetarianos e veganos.
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